por Augusto de Franco
Quase ninguém fala, mas está claro, claríssimo, para quem quiser ver, que Lula não tem condições de governar um país complexo como o Brasil. Não, não se trata de falta de escolaridade, leitura, interesse em aprender alguma coisa, disciplina intelectual para encarar qualquer assunto árduo até o final. Isso ele não tem mesmo. Nunca teve. Mas não é em virtude dessas deficiências que Lula não tem condições de governar o Brasil. E sim em virtude da sua falta de responsabilidade.
Nossos destinos estão nas mãos de um irresponsável. O jornalista Ricardo Noblat caracterizou bem o personagem, num artigo na última segunda-feira (23/07/07) no seu blog:
"É preciso dizer mais o quê sobre o comportamento de Lula? Que ele faz o tipo do malandro esperto que costuma se esconder ao ser confrontado com algum fato capaz de causar danos à sua imagem? Não foi assim no caso do mensalão? Que costuma ser antes de tudo solidário com os amigos metidos em encrencas? E que depois entrega a cabeça deles para salvar a sua?"
Quando um presidente da República é tratado assim por um famoso jornalista e não acontece nada é sinal de que o governante já perdeu o respeito dos governados. Noblat está certíssimo. Ele não desrespeitou Lula, foi Lula que desrespeitou o cargo que ocupa, que não se deu o respeito que a função exige.
Quem é, na verdade, esse Lula? Quem é esse chefe de Estado que, quando surpreendido pela descoberta de algum crime ou grave irregularidade cometida por seus subordinados, diz que foi traído, faz cara de vítima, se preciso for chora (de preferência se estiver sendo filmado) e simula surpresa sem nem sequer ficar corado? Quem é esse ser (como disse certa vez o Reinaldo Azevedo) desprovido de superego?
Esse é o homem – inconfiável – que nos governa. Sim, inconfiável, porquanto o problema de Lula não é intelectual. Ele é despreparado, por certo, mas muito sabido. Acima da média. O problema de Lula é de ordem moral. Ele não parece ser bem provido daquela faculdade misteriosa que causava tanta perplexidade a um Kant: a consciência moral. Do contrário como explicar que tenha sido capaz de sumir de cena após o acidente do Airbus da TAM, preocupado somente em preservar sua imagem? E como explicar que não tenha sequer advertido publicamente seus assessores Marco Aurélio "Top, Top, Top" Garcia e aquele tal Bruno "Fuc, Fuc" Gaspar que aviltaram a nação e tripudiaram sobre as vítimas com seu comportamento indecente?
Por uma dessas infelicidades históricas, que às vezes causam malefícios irreparáveis aos povos, Lula assumiu o governo tendo como oposição o PSDB. Se Lula e seu governo são responsáveis pelo apagão aéreo que já vai colecionando centenas de vítimas e por todos os outros apagões – logístico, administrativo e, sobretudo moral da República – os tucanos são responsáveis, diretamente responsáveis, pela manutenção de Lula no governo. E assim são indireta mas solidariamente responsáveis pelas tragédias e desgovernos que já aconteceram e pelas que ainda vão acontecer. Não, infelizmente não acabou. Ou alguém acha que a partir de agora, sem nenhuma mudança de comportamento de Lula, sem qualquer alteração substantiva na composição e na forma de funcionamento de seu governo, as coisas vão melhorar?
Parece claro hoje, para muitos, como já estava, àquela época (em agosto de 2005), para alguns, que Lula não poderia ter continuado na presidência depois da descoberta do esquema do mensalão e da sofisticada organização criminosa montada por seus auxiliares e correligionários no Palácio do Planalto. Em qualquer nação civilizada do mundo, em qualquer país sério, aquilo já bastaria para defenestrar legitima e democraticamente um governante, sem prejuízo da aplicação de outras sanções penais também cabíveis. Mas o que fez o PSDB? Livrou Lula do naufrágio, oferecendo-lhe a tábua de salvação do palanque de 2006. Era previsível, era óbvio, pela simples observação do comportamento aparelhista, incompetente, irresponsável e corrupto desenvolvido pelo governo Lula a partir de 2003, que a coisa não poderia dar certo.
Lula, por sua vez, mantido pela oposição, nada fez para se redimir, para tomar prumo, para tentar acertar. Continuou exatamente como era antes, como sempre foi. Continuou apoiando e protegendo gente como "o nosso Delúbio" ou como o "seu" Renan. Continuou tendo duas caras, uma para dentro e outra para fora. Continuou manipulando a opinião pública e enganando os tolos, em especial àquelas elites contra as quais invectivava, mas nas quais se apoiava.
Como se nada tivesse acontecido, a partir do segundo semestre de 2005, Lula continuou montando, – como corretamente diagnosticou, na época, o seu atual ministro das ações de longo prazo – o governo mais corrupto da história do país. Loteou tudo o que pode, utilizou todos os cargos e recursos públicos para fins partidários privados, comprou uma base inteira de apoio parlamentar, violou a autonomia das agências reguladoras (e esse ex-vendedor de bilhetes aéreos que ele colocou na direção da ANAC é um símbolo perfeito do esbulho que promoveu no Estado, na base do mais grosseiro ‘Spoils System’).
Ele mentiu, como hoje a TAM continua mentindo para os passageiros. Ele vendeu o que não tinha, vendeu e não entregou, da mesma forma como a TAM continua fazendo overbooking e não é punida pela ANAC. Ele permitiu que seus auxiliares de refestelassem nos cargos, defecando e andando para a população, como aquela mulher do charuto (da ANAC, gente do seu "capitão do time", Dirceu, não?), a qual, aliás, foi agora oficialmente condecorada pelos seus altos méritos aeronáuticos. Está certo: na ‘Era Lula’ o mérito sem honra é sinônimo da capacidade de seguir um script de aparelhamento e de corrupção.
Ele nos sonegou informações, assim como a Infraero – aquele órgão loteado entre seis partidos, que reformou os aeroportos com cerâmica cara e granito vermelho, mas não teve a idéia de consertar as pistas ou aumentar os postos de check in – nos sonega todos os dias.
Ele avacalhou as Forças Armadas, humilhou a Aeronáutica, bypassou a hierarquia, desautorizou os comandantes, obrigou altos oficiais a mentirem para a população com explicações fajutas de que temos o melhor sistema de controle de tráfego aéreo do mundo. E esses funcionários do Estado (imaginando-se subordinados às conveniências políticas de um governo, o que constitui falta gravíssima porquanto representa uma intervenção do poder militar na esfera civil), irresponsavelmente, vêm a público levantar – antes de terem apurado qualquer coisa – a hipótese de sabotagem para explicar o mais recente "apagão" (o amazônico) e criar um diversivo (deixando "no ar" a suspeita: ‘quem sabe todo o caos aéreo não passe de um golpe solerte dos controladores de vôo ou, quem sabe, melhor ainda, de um agente infiltrado da oposição?’). Deveriam ter vergonha esses militares que, com tal comportamento, estão derruindo suas próprias tradições. Forças Armadas não podem divulgar levianamente teses especulativas; e mesmo que fosse sabotagem de subordinados, em uma instalação militar a responsabilidade é de quem, senão do comando? Ou seria do inimigo? Que inimigo?
Talvez a responsabilidade maior seja nossa mesmo, dos brasileiros, que já sabemos quem é Lula, mas, até agora, ficamos assistindo tudo de braços cruzados.
Sim, já sabemos quem é Lula. Mas quem somos nós, os brasileiros, que – com o nosso cala-consente e com a nossa covardia – deixamo-nos desgovernar por um tipo como esse por tanto tempo? Ora os brasileiros somos esses mesmos cordeirinhos que entramos hoje numa aeronave, ficamos duas horas trancados, com cintos de segurança afivelados, parados no pátio. E depois, sem termos recebido qualquer explicação convincente, voltamos para o saguão dos aeroportos de rabo entre as pernas.
Não é necessário mais nenhum dado, nenhuma análise. Está provado: Lula não tem condições de governar o Brasil. Sobretudo não tem condições pessoais de continuar na presidência. Pouco importa se ele ainda tem altos índices de popularidade e, com seus 67%, já esteja quase alcançando os 70% que Fujimori, aquele bandido que governou o Peru na década de 1990, tinha no seu período áureo, quando assaltava os cofres públicos e violava os direitos humanos. Pouco importa se os pensionistas do "Bolsa-Esmola" e os "pensionistas" do BNDES continuam apoiando-o. Lula deveria ser removido da cadeira que ocupa em nome da decência, pelas pessoas de bem deste país. É um imperativo ético e democrático, que já está virando uma questão de saúde das nossas instituições e de saúde pública inclusive.
É claro que o governo corrupto de Lula da Silva é um governo ilegítimo – coisa que até agora as oposições não viram, ou não quiseram ver, imaginando que o PT é uma força política normal como as outras, que tem lá seus defeitos mas joga dentro dos marcos da democracia. Aliás, já estamos pagando o preço por essa incompreensão. Mas não é disso que se trata aqui e sim da falta de condições pessoais do governante para continuar na presidência da República.
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2 comentários:
é meu caro amigo voce se fudeuuu
E aí bichona?? Que sugar minha caceta?? Ela é também apedeuta!!!!!! Acho que pela sua vontade elitista vc irá adorar...
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